×

EGITO | Tribunal inocenta ditador Mubarak do assassinato de manifestantes opositores

O ex-ditador do Egito foi inocentado das acusações de conspirar para o homicídio de 239 manifestantes que protestavam contra seu governo. Mubarak havia sido condenado a prisão perpétua em 2012.

quinta-feira 2 de março de 2017 | Edição do dia

A absolvição de Hosni Mubarak aconteceu no principal tribunal de apelações do Egito e revogou a pena de prisão perpétua ao ex-ditador de 88 anos decretada em 2012.

Inicialmente o tribunal de apelação havia ordenado que fosse organizado um novo julgamento para avaliação do caso, mas a procuradoria apelou da decisão e solicitou a revisão do processo na maior corte de apelação do país.

Acusados de fornecer veículos e armas usadas nos assassinatos de seus opositores políticos em 2011, Mubarak e seu Ministro do Interior foram condenados após a queda de seu governo.Os manifestantes morreram em confrontos com a força de segurança nacional, onde esta usava armamento letal e continha informações sobre as lideranças do movimento.

O tribunal também rejeitou as demandas dos advogados das vítimas para reabrir ações civis, não deixando nenhuma opção para apelação ou novo julgamento.

O processo de crise política aberta no Egito em 2011 fez parte de uma série de manifestações por todo o Oriente Médio e África Setentrional conhecida como Primavera Árabe. Inúmeros ditadores foram depostos durante o processo, abrindo períodos de eleições diretas em muitos países que, assim como no Egito, não votavam para presidente há mais de 30 anos.

Pode lhe interessar: O que houve com a primavera árabe?

A era Mubarak é vista por muitos egípcios como um momento de forte autocracia e capitalismo de aliança com as grandes potências.

Após a queda de Mubarak, Mohamed Mursi, presidente do partido Irmandade Mulçumana, venceu as eleições em 2011, mas sofreu um golpe militar no ano de 2012, tornando o comandante do exército Abdel Fattah al-Sisi comandante do país. Al-Sisi foi eleito posteriormente em 2014 e permanece até hoje como presidente, seu governo é marcado pela aura de medo e perseguição aos oposicionistas.

Após a queda do governo de Mursi, este foi sentenciado a pena de morte devido a acusações do atual governo de espionagem e colaboração com organizações estrangeiras para organizar ataques no Egito.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias