×

Todo apoio ao povo palestino! | A juventude precisa erguer uma campanha pela ruptura de todas relações Brasil-Israel!

É um massacre o que ocorre na Palestina. Já são mais de duas semanas de uma ofensiva não vista há anos pelo Estado sionista, racista e colonialista de Israel, apoiado pelo imperialismo norte americano e europeu. Precisamos construir uma forte solidariedade internacional ativa, no Brasil isso passa pela batalha e exigência da urgente ruptura de todas as relações diplomáticas, econômicas e militares do Brasil com Israel, inclusive das universidades que mantêm convênios com empresas ligadas a Israel. Isso só pode ser arrancado com a força da nossa luta nas ruas, nos inspirando nos massivos atos que ocorrem em solidariedade ao povo palestino pelo mundo. Chamamos todas as organizações de esquerda, movimentos sociais, ativistas, entidades estudantis e sindicatos a se somarem em uma campanha pela ruptura imediata de todas as relações do Brasil com Israel!

Giovana PozziEstudante de história na UFRGS

Luiza EineckEstudante de Serviço Social na UnB

domingo 29 de outubro de 2023 | Edição do dia

É um massacre o que ocorre na Palestina. Já são mais de duas semanas de uma ofensiva não vista há anos, encabeçada pelo governo de extrema direita de Benjamin Netanyahu, aliado de Bolsonaro no Brasil, pelo Estado sionista, racista e colonialista de Israel, que há 76 anos oprime o povo palestino e promove um apartheid social. Não se trata de “autodefesa” de Israel ao ataque de Hamas, é um massacre coletivo realizado por um dos exércitos mais bem armados do mundo, com o apoio de Biden (EUA), Macron (França), Sunak (Reino Unido) e todas as potências imperialistas que foram responsáveis por investidas militares no Oriente Médio nas últimas décadas, e que patrocinam a política criminosa de Netanyahu.

São quase 10 mil palestinos assassinados, dentre eles muitas crianças, mulheres e idosos. As imagens são dolorosas dos palestinos chorando a morte de seus filhos e a destruição de suas casas, famílias. Israel apela para a utilização de bombas de fósforo branco proibidas por convenção internacional, destruição de hospitais, escolas e caravanas civis em fuga, contando acesso a bens básicos de sobrevivência na Faixa de Gaza, como eletricidade, comida, água e gás, um verdadeiro castigo coletivo contra o povo palestino, fazendo jus a declaração reacionária do Ministro da Defesa de Israel de que estão combatendo “animais humanos”. São milhares de palestinos desabrigados, e antes mesmo desse ataque os palestinos já compunham mais de 34% dos refugiados do mundo. São gerações e gerações palestinas sendo apagadas da história, uma verdadeira “limpeza étnica” em pleno século XXI.

Como resposta a essa ofensiva assassina vemos milhares de pessoas saírem às ruas pelo mundoem atos em dezenas de países em apoio ao povo palestino dando verdadeiros exemplos de solidariedade internacional, chegando a 300 mil em um ato em Londres, em milhares na praça Tahrir do Egito que foi palco da Primavera Árabe em 2011, em uma greve estudantil na Espanha em apoio aos palestinos, e mesmo em Israel com manifestações de civis contra a política de Netanyahu e pela libertação dos reféns judeus. Esse é o caminho a se seguir para enfrentar os bombardeios.

É preciso erguer uma grande campanha de solidariedade internacional, denunciando a grande mídia que esconde esses atos e aplaude a carnificina do imperialismo e de Israel e taxa os palestinos de “terroristas”, assim como toda a expansão colonial de Israel sobre o território palestino com seus assentamentos há 76 anos.

No Brasil também houveram atos em apoio, que podem se massificar, mas essa solidariedade internacional em nosso país não pode passar por fora da exigência e batalha pela ruptura de todas as relações diplomáticas, econômicas e militares com Israel. Relações essas que fomentam a repressão de Israel ao povo palestino, e no Brasil a juventude negra e aos trabalhadores, visto que as relações entre Brasil e Israel têm como um de seus pilares a exportação de armas.

Bolsonaro, em 2019, fez um acordo de cooperação na área de defesa assinado entre o Brasil e Israel, depois aprovado pelo legislativo. Esse decreto segue em vigor no governo Lula-Alckmin, mesmo em meio ao massacre do povo palestino que Israel promove. Mas as relações entre o governo brasileiro e Israel não começaram no mandato de Bolsonaro, pois elas existem desde 2003, no primeiro ano de governo Lula, quando as forças armadas brasileiras abriram um escritório em Tel Aviv. Depois, em 2010, no último ano do segundo mandato do atual presidente, o governo brasileiro assinou um acordo de cooperação de segurança com Israel no final de novembro de 2010 para facilitar a cooperação e os contratos militares. No último dia 18, já em meio ao conflito atual, a Câmara dos Deputados aprovou um outro acordo de cooperação em “segurança” entre Brasil e Israel, tecnologias e serviços na segurança pública, táticas de investigação policial, análise forense, e mais.

Outras absurdas cooperações com Israel são a partir dos centros de excelência do país, as universidades, onde as Reitorias selam acordos com universidades israelenses para exportar tecnologia ou então empresas privadas ligadas ao Estado de Israel, como já ocorreu na UnB, UFRGS, ou na UNICAMP, onde a Reitoria foi impedida de promover uma feira de cooperação com universidades israelenses pelo movimento estudantil, solidário ao povo palestino. Na UFRGS, a atual reitoria interventora bolsonarista mantém, por exemplo, convênio com a empresa AEL Sistemas, subsidiária da empresa israelense Elbit Systems, que produz tanques de guerra e outros materiais para a indústria bélica. Isso significa diretamente que parte do conhecimento produzido dentro da universidade, ao invés de servir para satisfazer as necessidades da população, está contribuindo ao genocídio histórico que o Estado ilegítimo de Israel comete com a população palestina. Acordos como esse existem nas universidades Brasil afora e são mantidos tanto pelas reitorias interventoras quanto aquelas ditas “democráticas”, algo que não podemos aceitar.

Exemplos como esses mostram ainda mais a necessidade de por de pé um movimento estudantil anti-imperialista na prática, que não se subordine contra qualquer tipo de cooperação com o genocídio palestino. Por isso, é preciso erguer uma forte campanha pela ruptura de todas as relações Brasil-Israel, inclusive convênios entre as universidades brasileiras e as empresas israelenses. Isso só pode ser conquistado com a força da nossa luta nas ruas, em unidade com os trabalhadores, movimentos sociais e comunidades de imigrantes e refugiados, nos inspirando nos massivos atos que ocorrem em solidariedade ao povo palestino pelo mundo. Sem nenhuma confiança no governo Lula-Alckmin que mantém todas as relações com Israel e que apesar de dizer em “paz”, “defesa das crianças” e “cessar fogo” não questiona o governo de Netanyahu e os bombardeios de Israel, o que acaba sendo uma falsa neutralidade de Lula, que hoje está como presidente temporário do Conselho de Segurança da ONU, e que de fundo coloca um sinal de igual a ambos os lados, Palestina e Israel.

Nós da Faísca Revolucionária, em cada universidade que estamos levaremos a frente essa batalha, chamamos todas as organizações de esquerda, movimentos sociais, ativistas, entidades estudantis e sindicatos a se somarem em uma campanha pela ruptura imediata de todas as relações do Brasil com Israel, pensando iniciativas para levar a frente essa campanha, podendo construir comitês para debater em levar a frente iniciativas da campanha como mesas de debates, atos culturais, intervenções nas universidades e locais de trabalho, dentre outras. Colocando também a importante necessidade das direções do movimento estudantil e as centrais sindicais a construção pela base de atos em apoio ao povo palestino.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias