O aumento do IOF e o encarecimento do custo de créditos para pessoas jurídica e física é implementada oficialmente: a medida foi tomada para arrecadação de fundos para o novo programa de auxílio que busca aumentar a popularidade de Bolsonaro, o “Renda Brasil”. O aumento atinge principalmente empresas afetadas pela pandemia, desempregados e pessoas com dívidas.
segunda-feira 20 de setembro de 2021 | Edição do dia
Imagem: Evaristo Sá/AFP
O aumento do IOF entra em vigor a partir desta segunda-feira. Entre os efeitos, estão a elevação da alíquota atual: para a pessoa jurídica, aumenta de 1,5% para 2,04% e para a pessoa física, de 3% para 4,08%.
O IOF é cobrado em geral em operações de crédito como empréstimos, câmbio, seguro ou operações relacionadas a títulos ou valores mobiliários: o imposto é recolhido pelos bancos e repassado ao governo.
A nova medida encarece o custo de créditos para empresas e famílias, influenciando no custo de empréstimos e financiamentos. O aumento vale não só para as novas contratações de crédito, mas também refinanciamentos, como rolagem de dívidas e operações de antecipação de recebíveis.
O aumento do IOF foi medida do governo Bolsonaro para arrecadar os fundos para o novo programa de auxílio, “Renda Brasil”, que deve substituir o auxílio emergencial. A política atinge em especial as empresas que foram afetadas pela pandemia e que foram descapitalizadas e pessoas físicas sem trabalho e com dívidas. A medida tira do bolso dos trabalhadores para bancar o auxílio criado para aumentar a popularidade de Bolsonaro, que deve espremer dos trabalhadores uma arrecadação extra de R$2,14 bilhões para o novo programa.
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