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Não à terceirização | Carta do Sindicato dos Metroviários de SP aos trabalhadores terceirizados da Works

Reproduzimos aqui a forte carta produzida após votação favorável em assembleia, dos trabalhadores metroviários endereçada aos trabalhadores da Works e todos os trabalhadores terceirizados que prestam serviço no Metrô de São Paulo. Uma iniciativa fundamental que ocorre em meio a um processo de tentativa do governo de extrema direita de Tarcísio de Freitas de privatizar o conjunto dos serviços públicos essenciais de SP.

quinta-feira 8 de fevereiro | Edição do dia

Historicamente o Sindicato dos Metroviários e nossa categoria luta por um Metrô público e de qualidade para toda a população. Porém, o Metrô e os governos sempre tentam destruir os serviços públicos, para privatizar tudo e garantir que seus amigos empresários possam lucrar cada vez mais.

A terceirização serve para pagar menores salários e direitos aos trabalhadores. Por um lado querem dividir e enfraquecer os trabalhadores, precarizando, super-explorando e humilhando e, por outro, ameaçam os empregos dos efetivos, com demissões e punições. Não vamos aceitar que nos coloquem uns contra os outros!

Agora o Metrô está terceirizando o atendimento nas linhas de bloqueio, e a história se repete: atrasos no VT e VR de vocês, sem equipamentos de segurança adequados, pouco tempo de intervalo, etc. São inaceitáveis essas condições de trabalho!

Viemos por meio desta carta dizer que não aceitamos a divisão que a empresa tenta fazer entre efetivos e terceirizados, chegando ao absurdo de tentarem impedir que possamos conversar, proibindo que vocês possam usar o bilhete de serviço.

Nosso Sindicato defende mais contratações por concurso público. Defendemos a readmissão imediata dos metroviários demitidos no final do ano passado e que os terceirizados que já prestam serviço nas linhas de bloqueio no Metrô, tenham desde já as mesmas condições de trabalho. Defendemos a efetivação dos terceirizados, ou seja, que tenham os mesmos salários e direitos e sejam efetivados como OTM 1 sem que para isso prestem concurso público. Assim combatemos a terceirização e a precarização, enquanto defendemos o cargo de OTM 1 que a empresa quer extinguir, sem que nenhum terceirizado perca seu emprego. Isso atenderia a uma demanda de muitos anos da nossa categoria por mais contratações, sem que seja feita com mais precarização. E lutamos para que sejam todos representados sindicalmente pelo nosso Sindicato, como é praticado nas linhas 4 e 5.

Nós, metroviários efetivos, não aceitamos o papel de supervisor, nossa função não é a de vigiar nenhum colega de trabalho. Somos parte de uma mesma classe, somos todos trabalhadores metroviários. Na luta por um transporte público e de qualidade, estamos ao lado dos terceirizados em defesa de seus direitos, contra as demissões e ataques aos nossos direitos e essa unidade é decisiva para vencer a luta contra a privatização e todos os ataques dos governos e patrões, defendendo um transporte de qualidade para a população.




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