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Impunidade policial | Em decisão absurda, PMs que mataram e arrastaram Cláudia Ferreira são inocentados

Caso aconteceu há 10 anos, os policiais atiraram no pescoço de Cláudia e arrastaram a vítima por 350 metros na viatura

segunda-feira 18 de março | Edição do dia

O juiz Alexandre Abrahão Teixeira, do 3º Tribunal do Júri, inocentou seis policiais militares apontados como suspeitos por matar e arrastar o corpo da vítima em uma viatura da corporação. Cláudia da Silva Ferreira era a auxiliar de serviços gerais, essa cena abjeta aconteceu na Zona Norte do Rio, no Morro da Congonha, enquanto ela saia para comprar pão.

Os policiais estavam, supostamente, em confronto com traficantes, e o juiz afirmou em sentença que a morte de Cláudia tratou-se de um “erro de execução”. Depois de ser alvejada, os PMs ainda removeram o corpo de Cláudia, alegando que estavam socorrendo-a, e no trajeto ao hospital, o compartimento da viatura abriu e o corpo da mulher foi jogado para fora do veículo, sendo arrastada no asfalto por mais de 300 metros.

Nas revoltantes palavras do juiz: "Os acusados agiram em legítima defesa para repelir a injusta agressão provocada pelos criminosos, incorrendo em erro na execução, atingindo pessoa diversa da pretendida". A decisão inocenta os seis policiais militares envolvidos nesta operação.

Cláudia era mãe de quatro filhos e ainda criava mais quatro sobrinhos sendo auxiliar de serviços gerais. Passados 10 anos de mais este caso extremo de violência policial racista e desumana, os policiais envolvidos saem inocentes do processo.




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