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FIT-U | Frente de Esquerda argentina mobiliza contra o ajuste de Massa e do FMI, contra a ofensiva de Milei e da direita

Proposta e convocada pela Frente de Esquerda Unidade, organizações sociais – entre elas a Unidade Piquetera – e pelo sindicalismo combativo, a mobilização reuniu milhares e milhares de pessoas para denunciar o ajuste e pedir apoio às lutas em curso. Entre outros setores, participaram os principais representantes da Frente de Esquerda Unidade (FIT-U), cujas candidaturas para outubro são as únicas que apresentam uma alternativa ao projeto de ajuste dos capitalistas.

sexta-feira 15 de setembro de 2023 | Edição do dia

Na tarde desta quinta-feira, milhares de pessoas marcharam no centro da Cidade de Buenos Aires. A mobilização foi convocada contra o ajuste de Massa e do FMI e contra a ofensiva de Javier Milei e da direita de Patricia Bullrich. Proposta e convocada pela Frente de Esquerda Unidade, organizações sociais - entre elas a Unidade Piquetera - e pelo sindicalismo combativo, também chamou ao apoio às lutas operárias e sociais em curso.

A marcha encerrou com um ato na Plaza de Mayo. Ali subiram ao palco representantes das organizações convocatórias, de onde foi lido um documento denunciando as medidas de ajuste fiscal que têm sido implementadas sob a gestão de Sergio Massa, o candidato da Unión por la Patria. Além disso, foram levantados o apoio às lutas em curso e a denúncia dos discursos negacionistas e reacionários levantados pela direita liderada por Milei e Villarruel.

Entre outras coisas, o documento afirma: “Nós, nesta praça, chamamos à unir forças para enfrentar os ajustadores do governo, do Fundo e da direita que ameaça derrubar todos os direitos dos trabalhadores. Temos a força, a classe trabalhadora em unidade junto ao povo, somos a maioria da população e somos nós que produzimos todas as riquezas e garantimos todos os serviços.”

Organizações de desempregados, movimentos sociais e setores do sindicalismo combativo tiveram importante participação na mobilização. Também participou uma delegação do Tercer Malón de comunidades indígenas, que subiu ao palco e reafirmou sua luta contra a reforma constitucional de Morales em Jujuy e a luta por seus direitos. Em uma das faixas, destacou-se a presença de representantes de organizações sindicais e sociais. Referências e dirigentes da Ademys, AGD-UBA, Unidade Piquetera, Cicop, Unión Ferroviaria Haedo, Junta Hospital Italia, setores das Juntas Internas do Ministério da Economia, Ministério do Trabalho e do INCAA, Suteba Tigre e outros. Lá marcharam referências do Movimento dos Grupos Classistas (MAC-PTS) .como o ceramista Raúl Godoy; a professora Natalia González Seligra; Vanina “Peque” Mancuso (MadyGraf); do metrô; Martín Brat, da Comissão Interna do GPS; referências da luta pela terra e pela habitação em Guernica, entre outras.

Em outro setor da mobilização foram vistos os e as dirigentes mais importantes da esquerda , como Myriam Bregman, Nicolás del Caño, Christian Castillo, Alejandrina Barry, Vilma Ripoll, Gabriel Solano ou Juan Carlos Giordano.

Além das suas principais referências, o PTS-Frente de Esquerda participa com uma coluna destacada de trabalhadores da saúde, professores, empresas recuperadas como a MadyGraf, a luta pela habitação em Guernica, jovens universitários, estudantes do ensino técnico e secundário.

Desde a mobilização, Myriam Bregman denunciou “a direção sindical apagada todos esses anos, que só aparece balançando a cabeça em uma foto para ver se aparece em algum evento oficial". Além disso, levantou que "é muito importante dizer que o que precisamos é estar nas ruas, com organização, com luta, para enfrentar tudo o que está por vir. Porque com a ajuda do Fundo Monetário não há saída para o nosso país.”

Mobilizações em diferentes partes do país

Nesta mesma quinta-feira, no âmbito do dia nacional de luta na Argentina, ocorreram marchas em outras cidades do país. Em Mendoza, organizações sociais, sindicais e políticas marcharam da Plaza Independencia até a Casa do Governo. Lá, a Unidad Piquetera, a Frente Popular Darío Santillán e o PTS-Frente de Izquierda, entre outras organizações, participaram das mobilizações. Anteriormente, havia ocorrido uma assembleia aberta contra a repressão e a perseguição judicial como resultado do julgamento do caso contra Martín Rodríguez e militantes do PO.

Em Tucumán, os partidos que compõem a Frente de Esquerda Unidade convergiram com organizações sociais, que marcharam de vários pontos até a Plaza Independencia. Diante da Casa do Governo foi lido um documento unitário para denunciar o ajuste e o avanço da direita, expressando apoio às reivindicações dos setores operários e populares.

Outra mobilização percorreu as ruas de Trelew. FOL, Frente Popular Darío Santillán, MTR-Fogoneros, FAR, Marabunta, PTS-Frente de Izquierda e MST-FITU, entre outros, participaram. Várias organizações também saíram às ruas de San Salvador de Jujuy. Mais cedo, nesta quinta-feira, haviam ocorrido marchas em Neuquén, Mar del Plata e Rosário.




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