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GREVE NA LG | Greve das trabalhadoras da LG é encerrada, mas terceirizadas seguem sua luta. Todo apoio!

Com maior indenização, trabalhadoras da LG terminam greve contra o fechamento da LG. As terceirizadas de fábricas fornecedoras Bluetech, Suntech e 3C seguem na luta por seus empregos, que precisa de todo apoio para vencer.

quinta-feira 29 de abril de 2021 | Edição do dia

Nesta quinta-feira, 29, a LG aprovou uma proposta de indenização para as trabalhadoras diretas 46% maior do que o oferecido inicialmente, com o total de R$ 37,5 milhões. Com a aprovação da proposta na manhã desta quinta, os trabalhadores das linhas de produção de smartphones, computadores e monitores, que estavam em greve desde segunda-feira, voltaram ao trabalho.

As trabalhadoras terceirizadas estão em greve desde o dia 06, desde que a LG anunciou que não produzirá mais celulares no Brasil e ameaçou a demissão de pelo menos 1000 trabalhadores, ou seja, colocando famílias na rua sem emprego e renda em meio à pandemia. Apenas em 2020, a multinacional lucrou mais de 1 bilhão de reais.

Como o sindicato já havia divulgado, a condição para abrir esta negociação era que os trabalhadores encerrassem a greve. No entanto, essa negociação trata apenas dos trabalhadores da LG, desconsiderando as trabalhadoras das 3 empresas terceirizadas da LG que também são afetadas com o fechamento.

As trabalhadoras terceirizadas relatam que a maior parte do trabalho para a fabricação de um celular da LG é feito por elas. Produzem com as máquinas e matérias primas da marca. Do ponto de vista da produção, fazem parte da mesma linha de montagem dos trabalhadores efetivos, apesar de estarem em fábricas diferentes. A terceirização é uma forma que os patrões encontraram para dividir e enfraquecer trabalhadores para que não possam reagir às demissões, à retirada de direitos. Por isso fazem de tudo para que trabalhadores diretos e terceirizados mantenham-se separados, separando serviços só de mulheres, com salários menores, contratos de trabalho diferentes etc. Não podemos aceitar essa divisão.

Nesse contexto, no entanto, o sindicato de Metalúrgicos de Taubaté (da CUT) atuou a todo momento para dividir as trabalhadoras, sem unificar a assembleia da LG, no dia 12, junto com as trabalhadoras das 3 fábricas terceirizadas, por exemplo. Além disso, apesar de as terceirizadas terem feito uma carta para as diretas, não foram organizadas atividades de greve nos piquetes onde todos dessas fábricas pudessem se conhecer, estreitar laços como forma de fortalecer a unidade e a própria luta.

Ações conjuntas como essas somadas a ações de forma unificada, através de um comando de greve e mobilização com representantes das 4 fábricas para fortalecer a luta unificada desde a base, seria o caminho mais forte para defender o emprego de todas as trabalhadoras, diretas e terceirizadas. Agora, com o fim da greve das diretas, para combater a divisão entre a classe, essas trabalhadoras precisam organizar toda a solidariedade às terceirizadas que seguem mobilizadas.

A responsabilidade pelas crises sanitária e econômica, que são descarregadas nas costas de trabalhadores, mulheres, negros, é de Bolsonaro, junto dos militares, e também do Congresso, STF e governadores, com milhares de mortes por dia, e também por estarem todos juntos na hora de atacar os trabalhadores com as reformas, como a Reforma da Previdência e Trabalhista, e as MPs da morte, que desde 2020 vem permitindo todo o tipo de abuso e desmandos dos patrões e muitas vezes fome aos trabalhadores e operários.

O Esquerda Diário reafirma seu completo apoio aos trabalhadores à greve das fornecedoras terceirizadas da LG, em sua luta pelos seus empregos e seus direitos contra uma empresa bilionária que busca apenas defender o seu lucro, e manda para o desemprego milhares de trabalhadores em meio à pandemia de Covid-19.

Estamos a serviço dessa perspectiva e nos colocamos ao lado de cada foco de resistência que se expressa no país em meio à situação reacionária atual. Colocamos as forças da nossa imprensa militante para o que as trabalhadoras terceirizadas que seguem em greve precisarem na luta contra as demissões e fechamento da LG.




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