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Precarização na saúde | Jovem morre fruto da precarização e gordofobia dos governos imposta no SUS

O jovem Vitor Marcos agonizou na porta de um hospital na capital de SP por 3 horas por falta de uma maca que acomodasse seu peso e que custa em média 3 mil reais. Na mesma semana, o novo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, garantiu um aumento salarial de mais de 10 mil reais para si mesmo e para seus secretários.

domingo 8 de janeiro de 2023 | Edição do dia

Nessa sexta, 06, o jovem de 25 anos Vitor Marcos agonizou por 3 horas até morrer na porta do Hospital Geral de Taipas, hospital estadual na Zona Norte da capital paulista. O jovem começou a passar mal de manhã e foi socorrido pelo SAMU, depois de ser recusado em dois hospitais pelo mesmo motivo, acabou não aguentando e falecendo.

Vídeos da mãe, Andreia Marcos da Silva, clamando por socorro na porta do hospital dão uma mostra da agonia da população trabalhadora que sequer pode contar com um atendimento digno de saúde. Seu filho no assoalho da ambulância por falta de condições de atendimento adequadas.

“Meu filho foi negligenciado. Meu filho ficou em um assoalho e isso eu nunca vou esquecer, meu filho morreu em cima de um assoalho. Ele não teve direito de morrer em cima de um colchão. A dor do luto é muito difícil, mas o que eu quero deixar bem claro para as redes públicas é que deem suporte aos obesos para que outras mães não venham passar o que eu passei...”

O jovem morreu sem acesso e em frente ao hospital por falta de uma maca que acomodasse seu peso, o atendimento ao Vitor já havia sido negado em outras duas unidades de saúde pelo mesmo motivo, isso é fruto da precarização e da gordofobia do estado que são também impostos no SUS levando a mortes como a do jovem Vitor e tantas outras pessoas por falta de atendimento e acompanhamento especializados para pessoas obesas.

Na mesma semana que Tarcísio de Freitas (Republicanos) tomou posse como governador de São Paulo e, logo de largada, aprovou aumento salarial para si mesmo e seus secretários. Com o aumento de Tarcísio e seu vice já seria possível comprar uma maca para Vitor, mas a prioridade de Tarcísio são seus acordos com os empresários e dar espaço para a extrema-direita.

Basta de privilégios dos políticos, parlamentares, juízes e militares que recebem supersalários enquanto a maioria da população sequer possui condições dignas de saúde, fruto das reformas e ataques aprovados no último ano. Basta de privatização que só favorece o bolso dos capitalistas e aprofunda os níveis de exploração e flexibilização laboral, descarregando sobre nossas costas essa crise que vivemos.
O ano mal começou e já indica grandes lutas e mobilizações a serem travadas em São Paulo contra esse governo reacionário, herdeiro do bolsonarismo, da ideologia conservadora mais asquerosa que ataca as mulheres, os negros, LGBTs e a juventude. Somente através da nossa organização e unidade independente dos governos recém eleitos e empossados é que daremos respostas estaduais e nacionais às mazelas que vivemos e aos projetos que eles defendem e nos atacam.




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