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RS | Luta dos trabalhadores do Instituto de Cardiologia reverte 280 demissões

Após mobilização dos trabalhadores e vigílias em frente ao Instituto, liminar determinou a reintegração dos 280 trabalhadores demitidos. A liminar respondeu a um processo iniciado pelo Sindisaúde/RS e pelo Sindicato dos Enfermeiros no Estado do Rio Grande do Sul (SERGS), determinando reintegração de funcionários que foram demitidos do Instituto de Cardiologia de Porto Alegre no último dia 17 de novembro.

sexta-feira 1º de dezembro de 2023 | Edição do dia

Segundo a juíza, a demissão não envolveu negociações prévias com os sindicatos das categorias. O Instituto de Cardiologia tem um prazo de 5 dias a partir de ontem (28) para reintegração desses funcionários.

Entre os demitidos, estão inclusive trabalhadores que participaram da greve de enfermeiros pelo pagamento dos salários atrasados que ocorreu em julho e que o Hospital havia se comprometido a não demitir por oito meses.
As demissões faziam parte de um acordo com o Ministério Público para redução da folha de pagamento e justifica que “entende esse compromisso como medida imprescindível para a manutenção dos atendimentos e da qualidade técnica já reconhecida em todo o Estado" devido a crise financeira.

A manutenção da qualidade é uma mentira, pois sobrecarrega os trabalhadores que terão que trabalhar mais e, segundo denuncias, o Instituto estava até mesmo deixando de fazer cirurgias e exames pelo SUS. Essas demissões são reflexo da política do Leite, com o seu programa estadual Assistir, que tem cortado verbas da saúde e distribuído os insuficientes recursos arbitrariamente, baseado em uma lógica de produtividade.

É necessário seguir mobilizado, pois, mesmo com a decisão da juíza, novas demissões podem acontecer. Somente a mobilização e a auto-organização dos trabalhadores em espaços democráticos, sem confiança na justiça - que, com acordo do Cardiologia com o MP, já mostrou que não está do lado dos trabalhadores - podem enfrentar a crise na saúde, a sobrecarga dos trabalhadores e novas demissões. Para isso também é necessário uma luta independente do governo Lula-Alckmin, que também não dá uma saída à crise, na medida que criou um novo teto de gastos, o arcabouço fiscal, que permitirá novos cortes, congelamento de salários e privatizações.

A única forma de acabar com as demissões e sobrecarga dos trabalhadores é lutando por SUS 100% público e sob controle dos trabalhadores.




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