sexta-feira 8 de janeiro de 2016 | 00:00
Gonzaguinha já sabia que o sorriso neste caso era amargo e novamente temos mais um exemplo disto, na cidade do Rio de Janeiro se torna nítido o ataque aos trabalhadores através da privatização desta, que ocorre de diversas formas, seja através do sucateamento do atendimento em hospitais públicos quanto com o oferecimento precário de um serviço de transporte privado que custa bem caro.
Mais um ano se iniciou e como sempre acontece a tarifa do “transporte público” novamente aumentou agora para três e oitenta. Esta política de elevação de preço faz parte de um processo mais ampla de higienização da cidade em que a população pobre é diretamente afetada tanto pelo valor da tarifa, quanto pelas linhas cortadas de ônibus e todo o serviço prestado que é precarizado.
O que ocorre no Rio de Janeiro é apenas reflexo desta democracia burguesa que serve apenas para dar resguardo e dar lucro a esta classe burguesa e corrupta que se mantém no poder. Apesar do Tribunal de Contas do Município já ter analisado os contratos em 2014 e concluído que o lucro adquirido pela empresa é superior ao estipulado, os aumentos continuaram seguindo em benefício dos empresários e em nada melhorando para os trabalhadores.
O cartel de transporte que tem nesta cidade anda de mãos dadas com o governo, pois ambos se beneficiam da exploração dos trabalhadores, tanto a família barata quanto os deputados milicianos que se utilizam da estratégia de precarização para darem um passo rumo à privatização e ainda usam do dinheiro público, por exemplo, para comprarem carro de luxo, enquanto nós precisamos ficar como sardinhas enlatadas dentro de máquinas precárias.
A solução para esta precarização e pela melhoria do transporta público, para que a população trabalhadora possa circular livremente pela cidade não apenas como um gado para trabalho seria o controle deste serviço pelos próprios trabalhadores, através da expropriação sem indenização destas empresas de transportes e taxação das fortunas para subsidiar o controle nas mãos da população.
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