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Bolsonarismo na frente ampla | PP de Ciro Nogueira e Republicanos de Tarcísio e Mourão oficializam adesão ao Governo Lula-Alckmin

Viemos remarcando neste diário como a conciliação e a frente ampla construída pelo governo Lula-Alckmin é o que abre espaço para a extrema-direita e mais uma vez se escancara essa realidade. Partidos como o PP do senador Ciro Nogueira que foi ministro da Casa Civil durante o governo Bolsonaro e o Republicanos, que se tornou o partido que abrigou e elegeu figuras bolsonaristas como Damares Alves, Hamilton Mourão e Tarcísio de Freitas agora oficializaram sua entrada na base do governo com a benção de Lula.

quarta-feira 1º de novembro de 2023 | Edição do dia

Foto: André Ribeiro

Em nome da "governabilidade" o governo Lula-Alckmin já havia cedido ministérios para ambos os partidos que agora se integram oficialmente a base aliada do governo de frente ampla. Como mostramos neste artigo André Fufuca (PP) e Silvio Costa Filho (Republicanos) já mostravam o caminho que o governo Lula-Alckmin pretende seguir, conciliando com nossos inimigos de classe, como os empresários, latifundiários, banqueiros, e seus parlamentares reacionários não vão se deter nem em colocar para dentro do governo os partidos dos representantes da extrema-direita bolsonarista.

O PP é um partido de direita, oriundo do ARENA partido que deu sustentação ao regime militar, que no seu passado teve entre seus quadros figuras como Delfim Neto, Paulo Maluf, mais recentemente a ruralista Kátia Abreu conhecida como “motosserra de ouro”, o presidente da câmara Arthur Lira, e o senador e presidente da sigla Ciro Nogueira, que votou a favor do golpe institucional contra Dilma, votou a favor da reforma trabalhista, votou a favor da reforma da previdência, integrou o governo Bolsonaro, votou a favor do Marco Temporal numa longa e extensa lista de ataques contra os trabalhadores, os indígenas e a população pobre.

Já o Republicanos é o partido de figuras asquerosas como o general Hamilton Mourão, vice-presidente durante o governo Bolsonaro e um dos representantes da reacionária presença dos militares na política, a senadora Damares Alves que dispensa apresentações, e o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Todos representantes da extrema-direita racista, homofóbica, misógina e reacionária que durante o governo bolsonarista foram responsáveis pela destruição do meio-ambiente, da educação, dos direitos dos trabalhadores, ataques às mulheres, LGBTQIAP+, negros, indígenas, e que agora encontram espaço também no governo de frente ampla de Lula-Alckmin.

O caso é que a frente ampla construída por Lula se propõe, justamente por conter em seu interior representantes dos capitalistas, a manter todos os retrocessos e ataques aos trabalhadores, com a manutenção das reformas, como da previdência, trabalhista, do Ensino Médio (que foi inclusive “reformulada” para manter sua essência), sendo o responsável diretamente por novos ataques neoliberais como o Arcabouço Fiscal que inclusive facilita as privatizações ao deixá-las fora do teto. Essa conciliação serve apenas para que a crise seja paga pelos trabalhadores e não pelos capitalistas, fortalecendo a extrema-direita e suas figuras que se voltam contra nós de maneira feroz.

É preciso batalhar por uma política independente, construída em cada local de trabalho e estudo, nos apoiando nos exemplos de luta como em São Paulo onde os trabalhadores das estatais como metrô, CPTM e Sabesp paralisaram no dia 03/10 contra as privatizações de Tarcísio que conta com a benevolência do governo Lula-Alckmin que ofereceu bilhões do PAC para investimentos em meio a greve. A aliança necessária para defender nossos direitos em meio à crise é a da classe trabalhadora com o povo pobre, as mulheres, negros, LGBTs, não com o centrão, partidos bolsonaristas, cúpula dos militares e grandes empresários.




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