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Petrobrás | Plataformas do Pré-Sal: máquinas de moer trabalhadores

Enquanto no campo de Búzios comemora-se a marca de 1 bilhão de barris de petróleo produzidos, gerando imensos dividendos aos grandes acionistas privados da Petrobras, suas plataformas são máquinas de moer trabalhadores. Projetadas visando somente o lucro dos acionistas, são extremamente impróprias para circulação dos trabalhadores, que ficam suscetíveis a acidentes, lesões e falta de tudo nelas.

terça-feira 23 de abril | Edição do dia

Na últimas semana a Petrobras anunciou que o Campo de Búzios, na Bacia de Santos, atingiu no fim de março a marca de 1 bilhão de barris de petróleo produzidos, um recorde alcançado em tão pouco tempo. No entanto acumulam-se denúncias como as relatadas na matéria publicada pelo Sindipetro-RJ.

No mesmo mês de Março a empresa descumpria cláusulas do ACT (acordo coletivo) e não pagava auxílio deslocamento dos trabalhadores. Uma demanda crítica e perigosa muito relatada também pelos trabalhadores das plataformas são referentes a segurança e isometria dos embarcados. As plataformas são estruturadas e projetadas de modo a otimizar e facilitar a circulação dos ativos da Petrobrás, óleo e gás, mas pouco (ou nada) pensada na logística e circulação dos trabalhadores que fazem aquelas plataformas funcionarem.

Com centenas de escadas, a circulação nas plataformas é extremamente custosa e perigosa. São conhecidos diversos relatos de quedas de trabalhadores.

O Sindipetro relata outras situações desrespeitosas que passam os trabalhadores, como o tempo excessivo de espera para embarcar e desembarcar das plataformas (lembrando que os trabalhadores permanecem no mínimo 14 dias embarcados), água suja nas pias e lavatórios das embarcações e até denúncia de casos de assédio a bordo. Trabalhadoras mulheres também expõem que as vezes não dispõem de coisas básicas, como uniforme feminino adequado e até falta de banheiros e vestiários.

A partir destes diversos relatos os trabalhadores do Campo de Búzios realizaram uma Greve de advertência de 24 horas no dia 11/04, cortando a emissão de Permissões de Trabalho por 24h, e exigindo da patronal todas estas demandas dos trabalhadores embarcados.

O Movimento Nossa Classe apoia a luta destes trabalhadores e apoia suas reivindicações. Levantamos também a necessidade construir a organização dos petroleiros em cada local de trabalho e que o sindicato tenha independência do governo Lula e da gestão Petrobrás. Por isso construímos junto de outras organizações e coletivos a Chapa 1 - Em Defesa do Sindipetro: Independência de Verdade e Unidade para Lutar.

Conheça algumas ideias do Movimento Nossa Classe e seu posicionamento nestas eleições vendo este vídeo produzido pelo movimento e independentes:




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