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Privatização | Tarcísio ataca direito de greve e mobiliza 4 mil policiais para reprimir metroviários e CPTM

Para conseguir levar a frente seu projeto de privatizações, o governador de São Paulo está declarando uma verdadeira guerra contra o direito de greve da classe trabalhadora.

segunda-feira 27 de novembro de 2023 | Edição do dia

Tarcísio de Freitas anunciou nesta terça-feira uma grande ofensiva para tentar impedir que a força dos trabalhadores se expresse na greve unificada do dia 28 de novembro. Com ameaças de punições individuais contra quem participar da greve e uma multa milionária contra os sindicatos caso não haja cumprimento da absurda determinação da Justiça burguesa de que os trabalhadores do Metrô devem trabalhar com 80% da capacidade total nos horários de pico e os da CPTM com 85%. Além disso, o governador da extrema-direita também pretende deslocar cerca de 4 mil policiais militares para as estações de trens e metrôs.

O governador de São Paulo e a mídia burguesa tentam jogar a população contra os trabalhadores, como se o enfrentamento aos seus planos privatistas não fossem parte do direito de greve, mas a população que todos os dias sofre com a precarização do transporte e com as péssimas condições das linhas privatizadas sabe na pele as consequências dessa política nefasta. Essas medidas são parte de uma tentativa de repressão brutal contra o direito de greve dos trabalhadores, buscando por essa via impedir que a classe trabalhadora se coloque em luta contra seu projeto privatista que é rechaçado por amplos setores da população, como demonstrou o Plebiscito realizado por várias entidades sindicais .

Diante desse ataque, a diretora do sindicato dos metroviários Fernanda Pelluci declarou que “O governador Tarcísio de Freitas quer vir para cima dos trabalhadores que se levantam em greve unificada em São Paulo, diante desse ataque é preciso manter firme a unidade entre os trabalhadores do metrô, da CPTM, da Sabesp pois a força da nossa greve é nosso principal instrumento de defesa. Também é preciso a mais ampla unidade dos sindicatos e das centrais sindicais de todo país para defender o direito de greve dos trabalhadores contra a privatização que só traz prejuízos para a população.”

A própria grande imprensa, através do UOL, saiu com denúncia de um verdadeiro desvio de verbas públicas, dinheiro da população, para as empresas privatizadas do transporte, que estão ganhando 10 vezes mais por passageiro do que o Metrô e a CPTM que são estatais. O ataque ao direito de greve, o assédio aos trabalhadores e as multas são para garantir e ampliar os lucros dessas empresas e criar novas situações como a da ENEL que só gera apagão e altas tarifas para a população.

Desde o Esquerda Diário nos colocamos lado a lado dos trabalhadores em luta de São Paulo e endossamos esse chamado a uma ampla campanha contra as absurdas ameaças de repressão do governador Tarcísio de Freitas.

Acompanhe a cobertura completa pelo Esquerda Diário!

Leia também: Escancarando farsa da privatização, linhas privadas de SP recebem 10 vezes mais por passageiro do que Metrô e CPTM




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