Todo apoio à greve dos profissionais da educação de Duque de Caxias. Unificar as lutas da educação pelo piso, contra o NEM e contra o arcabouço fiscal!
segunda-feira 5 de junho de 2023 | Edição do dia
Foto: Sepe Caxias
Os profissionais da educação municipal de Duque de Caxias estão em greve há 11 dias, em luta contra as condições precárias vividas nas cerca de 200 escolas municipais da cidade. Já são 7 anos sem reajuste salarial, faltam investimentos básicos como reformas nas escolas, faltam materiais didáticos e professores. Faltam até mesmo uniformes para os estudantes da rede municipal, de fornecimento obrigatório pela prefeitura.
Enquanto a prefeitura de Duque de Caxias loteia cargos e é alvo de investigações de esquemas de corrupção envolvendo a família Reis e seus secretários, a educação sofre com a precarização, profissionais da pasta não tem aumento há 7 anos, muitos estudantes não tem acesso sequer a material didático e uniforme. Falta muitas vezes merenda, atrasam os salários, e as escolas sofrem com problemas estruturais.
No dia 02, os profissionais da educação pararam a rodovia Washington Luís, e ocuparam a Secretaria Municipal de Educação exigindo que o governo sentasse para negociar com a categoria. A pauta de reivindicações dos profissionais é por reajuste salarial dos profissionais da educação, por concurso, material didático e uniformes, investimento nas escolas e por um calendário de pagamento, já que a prefeitura não tem uma data certa para pagar os seus salários.
Confira as ações da Greve na página do Sepe Caxias:
Unificar as greves da educação
Os profissionais da educação se enfrentam com Wilson Miguel Reis, atual prefeito que estava como vice de seu sobrinho, Washington Reis. Washington Reis, bolsonarista notório, decidiu se candidatar a senador e chegou a ser cogitado como vice de Cláudio Castro, mas abriu mão após ter que lidar com um processo de improbidade administrativa que poderia levar à sua inelegibilidade. Atualmente, Washington Reis é secretário dos Transportes de Castro, enquanto que “Tio Wilson” trabalha como seu laranja em Caxias, atrasando o pagamento dos salários dos servidores municipais, e dizendo não ter dinheiro em caixa para pagar a educação.
Mas tudo isso é uma grande mentira, pois não faltaram para Duque de Caxias, recursos vindos da privatização da Cedae, que foram utilizados por Cláudio Castro para comprar uma ampla base de apoio e conseguir se reeleger. Em 2021, foram repassados R$ 600 milhões para a prefeitura. O clã dos Reis precisa explicar aonde esse dinheiro foi parar, além de dar explicações sobre o desvio de R$ 563,5 milhões em contratos na Saúde investigados pela Polícia Federal.
A luta dos profissionais da educação de Caxias e a luta dos trabalhadores da educação do Estado do RJ é uma só luta. Apesar das especificidades de cada rede, são lutas em defesa da valorização do profissional da educação que se enfrentam contra um mesmo inimigo, as máfias bolsonaristas de Cláudio Castro e Washington Reis que estão unidas no governo Estadual. A unidade destas greves pode também levantar um questionamento contra o Arcabouço Fiscal, o “teto de gastos de Lula” que limita os investimentos na educação, e pela revogação do Novo Ensino Médio.
