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Terceirizadas USP | Todo apoio à paralisação das trabalhadoras terceirizadas da Medicina-USP após mais de uma semana sem salário!

Hoje (17) as trabalhadoras terceirizadas da Faculdade de Medicina da USP (FM) decidiram paralisar após mais de uma semana sem receber seu salário pela empresa Sector que recorrentemente vem atrasando os pagamentos de direitos e benefícios.

segunda-feira 17 de abril de 2023 | 11:35

A Sector, responsável pelo serviço de limpeza na FM da USP, desde o ano passado, mês após mês, decide atrasar os salários dos trabalhadores terceirizados. Uma situação de descaso por parte da empresa, que se combina com outros casos, como entregar o vale transporte sem o salário para que não houvesse "desculpa" para os trabalhadores não irem trabalhar ou não haver reposição de funcionários, fazendo os trabalhadores terem que limpar muito mais, gerando sobrecarga, e ganhando uma miséria

Para além disso, a situação precária típica do trabalho terceirizado é extremamente presente, salários que não chegam a um salário mínimo, falta de direitos, para além dos ataques constantes vindo por parte dos superiores, escancarando a precarização e exploração escravistas presentes na Universidade de São Paulo.

Apesar da empresa não pagar os trabalhadores devidamente e ser responsável pela exploração e fome que esses trabalhadores estão vivendo, a USP e a reitoria também são responsáveis! Com uma reserva de mais de 5 bilhões de reais, pagam a Sector fielmente todo mês, mesmo após várias ocorrências de descaso. Inclusive, semana passada a Faculdade de Medicina se comprometeu a segurar a fatura do pagamento à Sector e pagar diretamente para as trabalhadoras terceirizadas até sexta-feira, 14. Entretanto, ainda hoje, elas seguem pagando do seu bolso pra irem trabalhar, e sem receber, passando fome e necessidade por mais e mais dias.

O Sindicato dos Trabalhadores efetivos da USP, o Sintusp, publicou em seu boletim nota a respeito da situação, apoiando as trabalhadoras terceirizadas, se solidarizando e se colocando à disposição de lutar junto, apesar de não poder ser o sindicato representante dos terceirizados que trabalham na Universidade. Confira abaixo:

Trabalhadores que são em maioria mulheres, negros, que possuem família, filhos, hoje decidem paralisar contra esse absurdo. "Isso que eles fazem com a gente é escravidão", afirmou um dos trabalhadores para os estudantes. Assim, nós estudantes e trabalhadores efetivos, nos colocamos à disposição para lutar junto! Contra a terceirização, pela efetivação de todos os terceirizados sem necessidade de concurso público! Todo apoio à luta dos terceirizados da FMUSP!




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