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UNICAMP | A reitoria quer dividir a luta des estudantes e es trabalhadores: por contratação e fretado para es terceirizades do bandejão

Trabalhadoras terceirizadas do RS (um dos restaurantes da Unicamp) têm passado por diversos problemas devido ao aumento do trabalho frente à abertura do bandejão aos finais de semana. Essa, que era uma das principais demandas de permanência estudantil ao longo de muitos anos, é uma das conquistas da greve que de fato se efetivou. Porém, a reitoria e a empresa Soluções buscam dividir trabalhadores e estudantes ao não garantir contratações e condições dignas de trabalho para es terceirizades.

terça-feira 16 de abril | Edição do dia

Nós, estudantes da Unicamp que compõem a juventude Faísca Revolucionária, coletamos denúncias de trabalhadoras terceirizadas sobre a sobrecarga de trabalho e também de abusos que a empresa Soluções e a reitoria da Unicamp tem realizado. Confira algumas delas:

  • 10 minutos de atraso implicam perda do VA e da cesta básica do mês
  • Trabalhadores não têm mais direito ao fretado e dependem do transporte público regular
  • Após a contratação, a Soluções leva 15 dias para disponibilizar o Vale Transporte do trabalho; até lá, ele fica por seus próprios meios.
  • Por falta de pessoal, é preciso que todos façam hora extra para terminar a alta carga de serviço do dia antes de deixar o trabalho.
  • Trabalhadores relataram estar chegando em casa depois das 23h por ter que depender do transporte público
  • Há relatos de trabalhadoras tendo que trabalhar em dois serviços para complementar a renda insuficiente

Durante o final de semana, os ônibus de linha regulares de Campinas, dos quais dependem, muito frequentemente atrasam e até faltam. Como consequência disso, as trabalhadoras acabam se atrasando para o trabalho e perdendo direitos.

A reitoria da Unicamp e a empresa Soluções são diretamente responsáveis pela precarização das condições de vida desses trabalhadores e trabalhadoras. Além disso, buscam dividir estudantes e trabalhadores pois, se por um lado o bandejão está abrindo ao final de semana por conta de uma conquista da greve de 2023, por outro as condições de trabalho de muitos trabalhadores pioraram muito como explícito nas denúncias acima. É preciso que es estudantes e trabalhadores se unam numa luta contra a terceirização pelo direito ao fretado e ao acesso pleno ao CECOM (Centro de Saúde da Comunidade, serviço médico gratuito disponível a todos os funcionários, docentes e discentes), junto da contratação de mais trabalhadores para aliviar a carga de tarefas e para garantir a efetivação dessa conquista fundamental.

Como um exemplo disso, no último sábado ocorreu uma ação de estudantes que compõe o Comitê em Defesa des Terceirizades, com panfletagem para es estudantes sobre as condições de trabalho no bandejão e também com coleta de assinaturas pelo Manifesto contra a Terceirização, que nós da Faísca Revolucionária ajudamos a construir. Fazemos um chamado para todas as organizações do movimento estudantil, como o DCE, composto pelo Juntos!, Correnteza e PCB, e também setore do movimento estudantil como o Afronte, componham essa luta junto ao CDT. Apenas a unidade entre estudantes e trabalhadores pode garantir com que a conquista des estudantes não implique em mais precarização para os setores terceirizados que constroem nossa universidade.




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