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Política | Abaixo a perseguição de Tarcísio e sua Polícia aos que lutam contra o aumento das tarifas de metrô e trens

No último ato contra o aumento da tarifa do Metrô e dos trens de São Paulo, o governador Tarcísio e sua Polícia prenderam e indiciaram cinco manifestantes por tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito e associação criminosa. Exigimos a retirada imediata de todas as acusações, nenhuma perseguição aos que lutam!

domingo 21 de janeiro | Edição do dia

Foto: Lucas Martins. Fonte: Brasil de Fato.

No segundo ato contra o absurdo aumento da tarifa do Metrô, CPTM, EMTU e contra as privatizações em São Paulo, que aconteceu na última quinta-feira (18), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e seu aparato repressivo - que contava com a Tropa de Choque, a Força Tática e o Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) da Polícia Militar de São Paulo – repetiram a dose da absurda perseguição e criminalização do direito de lutar que já havia ocorrido na manifestação de 10 de janeiro, onde prenderam 25 jovens, como denunciamos aquino Esquerda Diário.

Segundo a Defensoria Pública do Estado de São Paulo, na última manifestação seis adultos foram presos e um menor de idade foi apreendido, desses, dois foram liberados durante a madrugada e o restante somente mediante audiência de custódia que ocorreu no dia 19 de janeiro, com o prejuízo de responder judicialmente por “associação criminosa” e “crime de resistência”. As absurdas acusações bebem na fonte de uma ideia que vem sendo defendida pelo Governo do Estado de São Paulo e sua Polícia, de que a operação policial que se repetiu nos dois atos visa impedir um “grave atentado ao Estado Democrático de Direito”.

É fundamental localizarmos essas movimentações do reacionário governo estadual, herdeiro da extrema-direita, com a ofensiva repressiva que Tarcísio vem empreendendo contra todos os lutadores e que está expressanas recentes demissões dos trabalhadores metroviários por exercerem seu direito de greve, nas advertências aplicadas pelo Metrô de SP para centenas de metroviários após a greve do dia 28/11/2023, na punição aos trabalhadores metroviários que tiraram uma foto em solidariedade ao povo palestino e nas prisões e acusações contra os manifestantes que protestavam contra a privatização da SABESP no dia da votação desse imenso ataque na ALESP.

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E mais do que isso, reafirmamos e denunciarmos que os planos de Tarcísio têm no centro de suas intenções derrotar todos esses movimentos de luta que têm sido muito fundamentais em São Paulo, pois são a vazão da indignação dos trabalhadores e da população com esse projeto político e em particular seu pacote de privatizações da SABESP, do Metrô e da CPTM, além da própria destruição da educação pública na rede estadual de São Paulo, da qual ele é responsável.

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Essa absurda perseguição nas distintas esferas, dialoga com uma profundo fortalecimento do poder judiciário brasileiro, que com o apoio do governo de frente ampla de Lula e Alckmin, por um lado anistiou toda a cúpula dos atos de 8 de janeiro de 2023 – os militares, as organizações políticas da extrema-direita e os burgueses que financiaram tal ação, e por outro desenvolveu ferramentas e instrumentos legais, que ainda que por um momento tenham se voltado contra alguns dos envolvidos na ofensiva golpista, hoje recaem com ainda mais força sobre os lutadores e o conjunto da classe trabalhadora que se levanta.

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Reafirmamos nossa solidariedade com os manifestantes detidos nesses atos que nós do MRT também estamos construindo e a exigência da retirada imediata de todas as acusações, assim como a necessidade de não depositarmos nenhuma confiança no judiciário que em todas as oportunidades se coloca ao lado dos patrões e seus governos, condenando historicamente a vida do povo trabalhador. É preciso colocar de pé uma forte campanha de toda a esquerda, sindicatos e movimentos sociais para rechaçar a repressão de Tarcísio e Nunes, exigindo a retirada de todas as acusações contra os ativistas, pois é esse mesmo governo que demite e persegue metroviários e todos que lutam contra as privatizações em defesa dos interesses da população trabalhadora, o que só é possível com uma política independente do regime político, combatendo a extrema direita para lutar pelas demandas dos trabalhadores e demais setores oprimidos.




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