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Descaso dos governos e crise climática: 7 mortos e 13 mil desabrigados pelas chuvas no sul

Mortes aconteceram no Rio Grande do Sul (4) e em Santa Catarina (3); quase 200 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas nos dois estados e 13 mil estão desabrigados

segunda-feira 20 de novembro de 2023 | Edição do dia

Enchente de setembro, que foi a segunda maior da história no Vale do Taquari | MAURÍCIO TONETTO/GOVERNO RS

Fortes chuvas voltaram a atingir a região Sul do Brasil na última semana, levando a mais uma catástrofe anunciada. Como resultado, sete pessoas morreram e mais de 8 mil ficaram desabrigadas em cidades do RS e de SC. No estado gaúcho foram 4 mortes, já no catarinense, outras 3 mortes e mais de 6 mil desalojados.

De acordo com a Defesa Civil do RS, as chuvas e a ventania causaram transtornos em 138 cidades do estado, além de que até o momento são 63 pessoas feridas, 2.653 desabrigadas e 7.527 desalojadas. Mais de 194 mil foram afetadas pelas fortes chuvas, inundações, vendavais, enxurradas, soterramentos e uma microexplosão que aconteceu na cidade Giruá, que acabou causando a morte de uma mulher.

O Vale do Taquari, fortemente atingido por um ciclone extratropical no início de setembro, também voltou a sofrer as consequências do temporal. São diversos desabrigados nas cidades de Arroio do Meio, Colinas, Cruzeiro do Sul, Encantado, Estrela, Lajeado, Muçum, Roca Sales, Santa Tereza e Taquari.

No estado catarinense, o Rio do Sul enfrenta a maior enchente desde 1983 e o tornado causou prejuízos na Serra. Agora são 71 municípios em situação de emergência, com 11 deles em estado de calamidade pública. Três pessoas morreram por conta das chuvas. Duas em Taió e uma em Palmitos, além de um homem desaparecido em Praia Grande. Quase 6 mil pessoas estão desabrigadas no estado.

A tendência, tanto para o Rio Grande do Sul quanto para Santa Catarina, é de que, por ora, a chuva dê trégua, amenizando um pouco a situação nos estados do sul.

É um absurdo que mais uma tragédia dessa ocorra no Estado, enquanto o governo lava suas mãos e segue uma política neoliberal de privatizações e precarização da vida da população. Nós do esquerda diário nos solidarizamos com os familiares e amigos das vítimas e dizemos: é necessário prestar toda a assistência às vítimas dos ciclones, com o Estado prestando indenização a todos os atingidos, bem como lutar por uma reforma urbana radical em todas as cidades, fornecendo a infraestrutura adequada a todos. Frente a esse cenário absurdo, é preciso combater esse sistema irracional que produz a degradação da natureza e das condições de vida e que tornam esses eventos climáticos cada vez mais frequentes. Não é um desastre natural, é o capitalismo.




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