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Minas Gerais | Escola Estadual Tito Fulgêncio sofre redução drástica de turmas pelo ensino integral e NEM

A comunidade escolar se organiza em defesa do ensino médio regular diante da imposição do ensino integral na EE Tito Fulgêncio em Belo Horizonte-MG. Junto ao Novo Ensino Médio, esta modalidade está gerando uma redução drásticas de turmas, colocando em risco o funcionamento da escola.

sexta-feira 29 de março | Edição do dia

“Na última semana decidimos publicizar nossa campanha devido à recusa da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais – SEEMG frente às reivindicações da escola para abertura de turmas de ensino médio regular em nossa escola.” - diz a postagem feita no último dia 19 no perfil do Instagram “Todos Pelo Tito”, que é “uma iniciativa da sociedade civil no entorno da Escola Estadual Tito Fulgêncio que inclui servidores, ex-servidores, estudantes, ex-estudantes, membros da comunidade e demais apoiadores que exige o cumprimento da lei estadual nº 24.482 de 04/10/2023 que garante ‘a oferta de ensino médio regular conforme a necessidade da comunidade e solicitação do colegiado escolar’.

A denúncia, que ecoamos aqui no Esquerda Diário, é que a imposição por Zema e a SEE do ensino integral tem gerado a redução de turmas que já vem acontecendo desde a implementação do nefasto novo ensino médio. Os estudantes que trabalham ou fazem curso ou estágio não conseguem se manter estudando em modalidade integral, levando a expulsão desses que muitas vezes precisam procurar vagas mais longe de suas casas. “Escola está parada a noite, sem EJA fundamental, EJA médio, novo ensino médio com foco para o Enem. Sou professora, moro no bairro e gostaria muito que surgissem essas vagas!” diz um comentário no Instagram.

Outros comentários mostram a disposição da comunidade escolar em se mobilizar para conquistar a volta do ensino integral na escola. Demonstramos todo o nosso apoio e disponibilizamos nossas páginas para auxiliar nesta luta. É a comunidade escolar quem tem que decidir o melhor para as escolas, pois são os trabalhadores da educação que sabem as necessidades pedagógicas dos estudantes assim como a melhor forma de exercerem seu trabalho. As famílias precisam ter na escola um ponto de apoio para lidar com as demandas não só da aprendizagem dos filhos da classe trabalhadora, mas também da própria vida diante do aumento do trabalho precário e da superexploração.

Reforçamos a necessidade da total revogação do novo ensino médio, que mesmo após a última “reforma da reforma” incorporando parcial e distorcidamente uma demanda de estudantes e professores pelo aumento da carga horária do ciclo básico, preserva o cerne desse projeto que é a ingerência das empresas que transformam em mercadoria o direito à educação e o futuro dos estudantes, justamente para que sejam trabalhadores cada vez mais precários e sem direitos.

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