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PETROBRAS | Mais 2 surtos de COVID-19 na Petrobras: Trabalhadores em risco por lucro de acionistas

quinta-feira 1º de abril de 2021 | Edição do dia

Imagem: Petrobras

2 plataformas da Petrobras foram denunciadas por problemas relacionadas aos surtos de COVID, cada vez mais recorrentes na empresa. Na Bacia de Campos no campo de Marlim Leste, no Norte Fluminense, a plataforma P-53 foi denunciada por estar funcionando com um terço do pessoal mínimo necessário para garantir a segurança operacional, colocando em risco a vida de todos esses trabalhadores. Isso poucos dias depois de ter sido registrado um surto de covid no final de semana passado.

Pese a mais dois novos surtos de covid a empresa continua afirmando que segue rigorosamente os protocolos de prevenção à COVID-19 nos locais de trabalho e que segue rigorosamente os protocolos de saúde no referente a tratamento e isolamento dos infetados.

Mas a realidade é que a COVID-19 não está nada sob controle dentro da Petrobras, e ameaça a vida de todos os petroleiros que não conseguem continuar realizando seu trabalho nas suas casas. Assim o demostram as 4 mortes por COVID-19 no norte fluminense nesse final de semana.

Para garantir a segurança sanitária e operacional os petroleiros precisam contar com sua própria união e organização. É com a participação de cada trabalhador que pode-se desenhar qual é o contingente que cada unidade precisaria ter, o que deveria funcionar e o que não em uma situação calamitosa na pandemia, qual a forma de testagem a ser realizada, pensar locais que poderiam ser reconvertidos para garantir insumos para enfrentar a pandemia. Para isso as assembleias sindicais e a parcela eleita pelos trabalhadores nas CIPAs poderiam impulsionar “comissões sanitária e de segurança dos trabalhadores” que fossem mais amplas que as CIPAs e sem a parcela patronal, criando fóruns para pensar, acompanhar, exigir, e implementar medidas de segurança e de mobilização frente à dupla calamidade da pandemia e das privatizações que enfrentamos na empresa. A criação de “comissões sanitárias e de segurança dos trabalhadores” poderiam ser um impulso para a própria organização entre os locais de trabalho e para mobilização da categoria frente a ataques aos direitos trabalhistas e a própria privatização.

Também no Espirito Santo, na plataforma P-58 no litoral sul do estado são 5 casos confirmados e mais de 20 trabalhadores que estão com suspeita de COVID-19. Basicamente um novo surto de COVID-19 na Petrobras, e pior ainda é o terceiro surto na plataforma desde que começou a pandemia. Segundo o coordenador geral do Sindipetro-ES ainda existe a possibilidade de também ter surto de COVID na plataforma P-57
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A vida dos trabalhadores na Petrobras está sendo constantemente exposta e só para garantir a produção e por tanto os lucros. Lucro que não se reverte em segurança e proteção aos trabalhadores e à população, mas cuja maior parte fica na mão dos acionistas privados, principalmente imperialistas. Toda a riqueza produzida na Petrobras poderia ser revertida em investimentos no SUS, enquanto que o potencial de seus laboratórios poderiam servir nas pesquisas e na produção insumos consumidos nos leitos de UTI ou na vacinação. Assim como energia poderia ser barata e acessível, se a Petrobras fosse 100% estatal e controlada pelos trabalhadores.

Saiba mais sobre a situação da Petrobras na pandemia aqui.




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