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Educação | Municipalização de escolas em SP: mais um ataque de Tarcísio e Nunes contra a educação

Como mais uma medida para seguir o projeto de destruição da educação pública, Ricardo Nunes e Tarcísio de Freitas implementam a municipalização de escolas estaduais, com o objetivo de alcançar um total de 50 unidades até 2025. Medida essa que atinge milhares de alunos, ataca os trabalhadores da educação estadual, junto a toda comunidade escolar que sequer foi consultada.

quarta-feira 17 de janeiro | 20:10

Muita demagogia é trabalhada para tal medida de Nunes (MDB) e Tarcísio (Republicanos), mas isto está ligado ao corte de quase 10 bilhões de reais que Tarcísio prometeu aplicar na educação pública. Para Nunes, só ganhos para um ano eleitoral quando poderá usar suas mentiras de que se importa com a educação dos filhos da classe trabalhadora, uma vez que sabemos o nível de seu descaso com isso, exemplo das escolas conveniadas que são polo de precariedade, desmonte e repasse de lucro para empresários.

Ao mesmo tempo, ambos recebem o apoio da TV Globo - a mesma mídia que sempre ataca as greves de servidores em São Paulo - que propagandearam a municipalização das escolas através de mentiras como que a decisão teria vindo pela falta de escolas municipais nas regiões destas estaduais, sendo que na realidade estas dividem até o mesmo bairro ou a mesma rua com escolas municipais também de ensino fundamental.

A decisão simplesmente saiu de cima, os governos determinaram as escolas de ensino fundamental e assim foi, sem nenhuma discussão nos conselhos escolares, nenhum debate na comunidade escolar, agora centenas de trabalhadores, como os professores estaduais, serão atingidos em cheio com isso. Obrigatoriamente, até 2025, os professores terão que sair das escolas e atribuir para outras, correndo o risco de não mais conseguirem acumular ou até mesmo ficarem sem sede neste ou no próximo ano.

Vale lembrar que isso sempre existiu, uma precariedade onde a escola se torna municipal, mas seus trabalhadores seguem recebendo pelo estado, abrindo mais espaço ainda para assédio, perseguições, demissão de terceirizadas e um ataque a educação que recai sobre os alunos uma vez que os projetos para tal transformação da escola sequer são debatidos por toda comunidade escolar.

Na região da Zona Norte de São Paulo, trabalhadores de duas escolas - E.E. Maria Paula Marcondes Domingues e E.E. Cássio da Costa Vidigal - denunciaram ao Esquerda Diário e ao Nossa Classe Educação sobre a arbitrariedade de todo o processo que está em curso e o nível de ataque que os trabalhadores estão sofrendo. Nas escolas ainda houve resistência para que o processo fosse no mínimo debatido nos conselhos e com a comunidade escolar, mas o método da Diretoria de Ensino, alinhada com a gestão de Tarcísio, foi de simplesmente atropelar o debate e deixar claro que é uma medida imposta de cima para baixo.

O sindicato dos professores estaduais, Apeoesp, precisa existir para atuar por um plano de lutas pela educação pública e contra toda a arbitrariedade das atribuições de aulas de toda a categoria. Basta de professores demitidos, atacados ou sem aulas, uma vez que a educação está sofrendo um desmonte como meio de atacar toda a classe trabalhadora de conjunto. É preciso mobilização e auto organização de base para barrar todos esses ataques no terreno da luta de classes, rompendo com a paralisa deste sindicato - hoje dirigido por PT e PCdoB, ao lado do PSOL - fruto da conciliação política do governo Lula-Alckmin que tem como base de governo o próprio Tarcísio de Freitas, apoiador de Ricardo Nunes.




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