A dois dias de completar um ano do brutal assassinato da Vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson, podemos fazer um balanço do salto de qualidade que teve a repressão política do Rio de Janeiro nos últimos anos, fruto do avanço da luta de classes e da organização da esquerda fluminense.
Alex Supertramp
O episódio de racismo ocorreu em uma agência da CAIXA em Salvador (BA) no dia 19 e foi tornado público no dia 26 com a divulgação das imagens e do relato da vítima.
Redação
Reproduzimos boletim do Sindicato dos Trabalhadores da USP que denuncia o avanço da política da reitoria de terceirização dos bandejões e precarização dos empregos.
Redação Rio de Janeiro
Após o assassinato de mais um jovem negro, desta vez por parte de um segurança do supermercado Extra, na Barra da Tijuca (RJ), manifestações aconteceram em pontos chaves do país, como São Paulo, Minas Gerais e no próprio Rio, como expressão do repúdio ao ato de racismo. Pedro, estrangulado, certamente foi alvo por ser negro.
Não só o Extra, como diversas empresas e empresários compraram também seu discurso de ódio ao apoiar Bolsonaro e sua campanha.
Diversas pessoas se reuniram em frente a unidade do EXTRA no centro de BH para repudiar o assassinato do jovem Pedro Henrique. É fundamental a expressão dessa luta em MG, estado que carrega o racismo na sua história e fundação, e que tem nas últimas semanas, centenas de famílias enterrando trabalhadores vítimas da lama da VALE em Brumadinho.
Em menos de uma semana, o Rio de Janeiro foi palco dos efeitos da proposta de Sergio Moro de combate (sic) “ao crime a corrupção”, que ficaram evidentes sem que a proposta precisasse ter sido aprovada. Para os familiares das vítimas da chacina no Fallet-Fogueiro, da garota de 11 anos, Jenifer, e de Pedro Henrique por um segurança bolsonarista, o racismo velado deu as caras. Sob comando de Bolsonaro e Moro, o Estado traz à baila a vocação mais assassina da “democracia racial” (...)
Regina Moscote
A liberdade para policiais matarem quando com “medo, surpresa e violenta emoção” que Sergio Moro quer legalizar com seu "pacote de combate ao crime e corrupção", já mostra a que veio o governo Bolsonaro: legitimar os assassinatos racistas que parte de seu eleitorado reividicava.
Pedro Henrique, de 19 anos, foi morto por um segurança do hipermercado Extra na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, por estrangulamento.
O Big Brother Brasil (BBB), “A casa mais vigiada do Brasil”, foi palco de comportamentos extremamente racistas e de intolerância religiosa por parte de alguns participantes.
A instituição da polícia militar escancara mais uma vez seu caráter racista e assassino contra o povo pobre e negro. Três jovens negros moradores de favela foram baleados a tiros de um sniper da cidade da polícia, segundo depoimento.
Minas Gerais carrega, em seu nome e sua história, a mineração e a escravidão. Essa relação também pode ser observada nos dados e nas vítimas do crime socioambiental de responsabilidade da Vale, que ocorreu em Brumadinho no último dia 25. Os números dessa tragédia capitalista se atualizam diariamente e já são 142 mortos e 194 desaparecidos, dentre os quais estão trabalhadores efetivos e terceirizados, que são, em sua maioria esmagadora, trabalhadores (...)
Fanm Nwa
Em 2018 a agremiação Paraíso do Tuiuti entrou para história colocando na avenida o grito de revolta dos brasileiros contra as reformas de Temer e em 2009 não será diferente escolas de SP e RJ vão marcar a avenida com enredos politizados.
Thiagão Barros
A justiça brasileira, mais uma vez, demonstrou o seu caráter extremamente racista e ser conivente e colaborar com os absurdos que a extrema direita pratica.
Antes de tudo é preciso avisar que esse texto possui Spoilers. Mas se por um acaso você deixar de lê-lo por esse motivo já direi o mais importante: assista Infiltrado na Klan!
Gabriela Farrabrás
Fundador da genética moderna e um dos pesquisadores que descobriu a estrutura de dupla hélice do DNA, James Watson explicita o racismo enraizado na ciência.
A não identificação dos mandantes e executores desse crime é responsabilidade do Estado, que não investiga e nem dá condições para uma investigação independente. Só poderemos impor justiça por Marielle com a mobilização e uma grande campanha política.
Passados mais de nove meses sem solução para o crime brutal, o ministério Público rompe com a delegacia de homicídios na investigação, onde amontoam divergências entre os dois, inclusive o aparente sumiço de imagens de segurança que poderiam ser cruciais ao inquérito.