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Greve na Petrobras | Petroleiros do CNCL entram no 4 dia de greve lutando contra a intransigência da Petrobras

Os petroleiros do Centro Nacional de Controle e Logística da Petrobras completaram 4 dias de greve hoje.

sábado 20 de agosto de 2022 | Edição do dia

Hoje completam 4 dias da greve dos petroleiros e petroleiras do Centro Nacional de Controle e Logística, da Transpetro - Petrobras, em luta contra os ataques que a Petrobras quer lhes impor no acordo coletivo de trabalho. São trabalhadores de um setor estratégico da empresa, responsáveis por controlar as principais operações de entrega física de petróleo e derivados, controlando remotamente oleodutos, tanques e toda a estrutura de distribuição e armazenamento da empresa.

Com toda esta responsabilidade, a operação logística dos trabalhadores da CNCL é responsável sozinha por quase 5% da receita da empresa, e a empresa propôs cortar seus salários em 35%, através do corte da remuneração paga pela complexidade e exaustão no trabalho. Com a greve, a empresa ficou com medo e reduziu a proposta de corte para 17% do salário, mas trabalhadores não aceitaram e seguem com sua greve e com uma pauta de reivindicações que também exige da empresa uma resposta com melhores condições de trabalho, menos acumulo de função dentre outras demandas.

Piquete do CNCL no turno da noite

A greve do CNCL movimentou outros setores da Transpetro, que fizeram assembleia e votaram um aviso de greve na segunda feira, assim como trabalhadores do Terminal Aquaviário da Baia de Guanabara, que fizeram atraso de entrada na sexta e também votaram aviso de greve para segunda. Também trabalhadores da Petrobras Biocombustíveis (PBIO) se mobilizam contra o acordo coletivo proposto pela empresa, já que a proposta neste ano flexibiliza ainda mais a estabilidade no emprego, facilitando demissões no caso de privatização, processo que está ocorrendo na PBIO, assim como ocorre em refinarias por todo o país.

É urgente apoiar os trabalhadores da Petrobras, suas demandas contra os ataques da empresa refletem a resistência à sede de lucro dos acionistas, que atacam a empresa privatizando, querendo transformá-la em uma empresa que só faz a extração. Jornadas exaustivas, horas extras e acúmulo de trabalho para os trabalhadores, de um lado, e lucratividade recorde para os acionistas ligada à paridade com o preço do barril de petróleo internacional. O resultado é gasolina, gás e diesel caros para a população, aumentando a inflação dos alimentos, jornadas de trabalho absurdas e flexibilização dos direitos trabalhistas para os petroleiros, e lucros recordes para capitalistas estrangeiros.

Esse processo de ataques na Petrobras se aprofundou com o governo Bolsonaro, mas começou já nos governos petistas que também contaram com grandes privatizações de refinarias e entrega de campos do pré sal para petroleiras imperialistas. Somente pelo caminho da luta de todos setores da Petrobras é que será possível reverter este quadro, lutando em defesa dos direitos dos trabalhadores contra os ataques da empresa e mostrando na luta que a gestão da Petrobras deveria pertencer aos petroleiros em aliança com a população, e não a acionistas imperialistas aliados aos governos de turno.

Leia a cobertura do Esquerda Diário: Petroleiros do Centro de Controle da Transpetro respondem a ataque da empresa e entraram em greve

Trabalhadores do TABG fazem paralisação por falta de efetivo e em apoio à greve do CNCL




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