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USP - BAURU | SINTUSP lança manifesto/carta à USP para reverter a desvinculação do HRAC

Os trabalhadores do Hospital de Reabilitação das Anomalias Craniofaciais (HRAC), conhecido como Centrinho, e o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) lançaram um manifesto/carta aberta direcionada ao reitor da USP Carlos Gilberto Carlotti Jr e ao Conselho Universitário para revogar a resolução de 2014 que desvinculou o HRAC.

Assinaturas de entidades e parlamentares podem ser enviadas para [email protected]

Reproduzimos abaixo a carta:

quarta-feira 23 de março de 2022 | Edição do dia

Carta aberta ao reitor da USP e ao Conselho Universitário

Pela revogação da resolução de 2014 que desvinculou o HRAC

Prezados (as)

Acreditamos que, em se tratando do reitor da USP e dos (as) integrantes desse Conselho Universitário, é desnecessário iniciarmos essa carta discorrendo a respeito da importância do Hospital de Reabilitação das Anomalias Craniofaciais (carinhosamente chamado de CENTRINHO), bem como sobre sua pujante e robusta contribuição científica e humanitária. Assim sendo, iremos direto ao ponto.

Nas últimas semanas, a luta de milhares de pacientes reabilitados pelo HRAC e de seus familiares para que o hospital permaneça inserido na USP ganhou a adesão de parlamentares, jornalistas, radialistas, intelectuais, dirigentes sindicais e entidades nacionais e internacionais. Como parte fundamental dessa luta, os trabalhadores e trabalhadoras do CENTRINHO paralisaram suas atividades na última semana para simbolicamente abraçar o hospital e estão se preparando para, caso necessário, deflagrar uma greve contra a entrega de sua gestão para uma instituição de direito privado.

A força motriz dessas mobilizações combina o desejo e a determinação de fazer o que seja necessário para manter o CENTRINHO como parte inseparável dessa universidade, com o repúdio aos iniludíveis conflitos de interesses que se expressam: Em primeiro lugar no fato de que entre os que propuseram, defenderam e votaram a desvinculação do HRAC estavam os professores ligados às fundações das faculdades de medicina da USP da capital e de Ribeirão Preto. Fundações estas que agora estão disputando com outras a gestão do HRAC. Em segundo lugar, no discurso falacioso de que a desvinculação dos hospitais seria uma forma da Universidade eliminar gastos, quando de fato, no caso do HRAC, a Universidade vai seguir pagando um corpo de mais de quinhentos funcionários de elevado nível técnico, para que esses prestem serviços para uma instituição de direito privado (OS’s) que passaria a gerir o hospital dispondo da mão de obra paga pela USP e receberia ainda o orçamento destinado pelo estado ao HRAC, além das verbas advindas do SUS e do convenio com a organização Norte Americana Smile Train, que dão aporte financeiro em dólar para o financiamento do hospital.

A implementação deste projeto de desmantelamento da estrutura do HRAC acarretará a curto, médio e longo prazo, na total descaracterização deste importante equipamento de saúde, que é único no mundo em reabilitação de pacientes com anomalias craniofaciais, síndromes associadas e saúde auditiva, sendo responsável pela transformação de milhares de vidas que dependem de sua expertise.

Em face disso, o movimento pela manutenção do HRAC na USP exige junto ao magnífico reitor e ao Conselho Universitário que a desvinculação do HRAC seja pautada mais uma vez e que a resolução de 2014 que desvinculou o HRAC seja revogada, fazendo com que a Universidade preserve em seu quadro um dos melhores hospitais do mundo em Reabilitação de Anomalias Craniofaciais.

Todos ao ato dia 28 de março




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