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Congresso Metroviários | Tese unificada: Por uma alternativa independente nas eleições que alie a luta dos trabalhadores com a população!

Confira aqui a tese unificada do Movimento Nossa Classe, Alternativa Sindical de Base e independentes para o 14º Congresso dos Metroviários sobre o tema das eleições municipais de São Paulo. O Congresso ocorrerá nos dias 11, 12, 13 e 14 de abril de 2024 na área de lazer do Sindicato.

terça-feira 9 de abril | Edição do dia

Nas greves de 2023 conquistamos o apoio da população que em sua maioria
repudiou as privatizações, pois sentem na pele o que representa a precarização e o
encarecimento dos serviços públicos. 

Essa aliança que começamos a construir com a população gera pavor nos nossos
inimigos e às vésperas das eleições municipais, desperta a ira dos aliados de
Tarcísio. Ricardo Nunes herdou a prefeitura do tucanato privatista em SP, juntou-se
ao bolsonarismo e trata com afeto a CCR/ViaMobilidade, dizendo que os
“criminosos” são os trabalhadores que lutam por direitos e por um transporte melhor
para a população, chamando nosso sindicato e categoria de “irresponsáveis”, e
sendo o representante da extrema direita para as eleições de 2024. 
Mas não foi só Nunes que atacou a nossa luta. Mais uma vez Tabata Amaral
demonstrou ser defensora fiel das reformas neoliberais. Disse “não se importar se o
metrô é público ou privado”, o problema são os “desrespeitosos” trabalhadores
fazerem greve e lutarem por um transporte de qualidade. Essas declarações de
Nunes e Tabata tomaram conta da mídia. Como em todas as greves, foi um
bombardeio ideológico para criminalizar a luta. 

Nesse cenário, muitos esperavam que Boulos poderia apoiar ativamente nossa
greve, afinal historicamente foi contrário às privatizações. Entretanto, isso não
aconteceu. Boulos não fez uma declaração pública de apoio às greves. Apesar de
timidamente se declarar contra as privatizações, optou pelo silêncio sobre a greve e
os presos políticos na votação da Sabesp.

E isso não foi por acaso. Apoiado por Lula e o PT que têm privatizado transportes e
serviços, e sancionaram a lei que cria as Parcerias Público-Privadas (PPPs), Boulos
é o protagonista de reproduzir em SP a Frente Ampla nacional. Aliou-se com Marta
Suplicy, ex-secretária de Nunes, apoiadora do impeachment, da reforma trabalhista
e da previdência, mostrando que o seu projeto “popular” atende os capitalistas. E
nesse projeto, como o próprio Boulos disse, “se bobear Lula traz até Tarcísio”. No
Recife isso já aconteceu com o PSOL fechando um bloco parlamentar que abriga o
Partido Republicano de Tarcísio e o PSB da oligarquia Arraes. 

Essa política de conciliação não é capaz de enfrentar a extrema direita. Se hoje
Tarcísio tem força para levar à frente as privatizações é porque o arcabouço fiscal de
Haddad e o BNDES estimulam essa agenda. É nossa luta que enfraqueceu Tarcísio,
ganhando apoio da população. É necessário construirmos uma alternativa
independente para as eleições, que impulsione a luta, com um programa socialista
que alie a luta dos trabalhadores com a população, um programa que defenda o fim
da privatização e a reestatização dos transportes em SP sob controle operário,
baseando-se nas mobilizações e na exigência a que as principais Centrais Sindicais
rompam com seu atrelamento aos governos e convoquem um plano de luta contra
os ataques.

Assinam esta tese:
Alternativa Sindical de Base e independentes
Movimento Nossa Classe e independentes
Daniela Possebon - Diretora do Sindicato - OT L3
Diego Vitello - Diretor do Sindicato - OTM I L2
Felipe Guarnieri JAT/OTM2 
Larissa JAT/OTM2
Lucas Andrade - Cipista - OTM I L2
Marília JAT/OTM2
Marisa JAT / OT L1
Narciso ANT / OT L2
Rebeca Sales - Diretora do Sindicato - Administração
Tamiris Silva CDU/OTM1




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