Nesta quarta-feira, 8, as trabalhadoras da enfermagem do Rio Grande do Norte realizaram uma assembleia com dezenas de trabalhadores, onde decidiram aderir à paralisação nacional em defesa do piso da enfermagem no dia 14 de Fevereiro. Além disso, aprovaram um indicativo de greve geral da categoria no dia 10 de Março em caso o piso não seja garantido.
quarta-feira 8 de fevereiro de 2023 | Edição do dia
Um forte exemplo de disposição de luta das trabalhadoras para defender seu direito à valorização salarial, que já somam vários anos de reivindicação. No ano passado, conseguiram impor a aprovação da lei que garantia seu piso salarial, contra a vontade de Bolsonaro e do Centrão. Mas se depararam com uma medida autoritária do STF que suspendeu essa lei a partir da decisão do ministro Luis Roberto Barroso.
Está prevista a publicação de uma medida provisória por parte do novo governo que cria condições de pagamento do piso. A decisão pela paralisação no RN junto a outros estados mostra que é pela mobilização que a enfermagem pode arrancar essa conquista, que é uma conquista de toda a população usuária do sistema de saúde.
E que é necessário travar uma luta de forma independente das instituições desse regime, como do governo Lula-Alckmin que estruturou parte de sua campanha na negação do direito ao aborto, que prometeu não lutar contra as reformas que descarregam a crise nas costas da classe trabalhadora (em sua maioria mulheres negras) e que governa com os privatistas da saúde e reacionárias ministras como Daniela do Waguinho que são contra os direitos das mulheres.
Ou do STF que agora se coloca como grande defensor da democracia após a invasão dos bolsonaristas ao Congresso e STF, mas abriu caminho para a extrema-direita avalizando o golpe de 2016 para garantir os ataques capitalistas, como fez com a aplicação da terceirização irrestrita.
Medida essa que está sendo usada pelo governo de Fátima Bezerra (PT) para implementar a terceirização do trabalho da enfermagem, como no hospital João Machado, que junto a empresa Justis deve 3 meses de salário às trabalhadoras, ou também dos maqueiros e ASGs do Walfredo Gurgel.
Terceirização da saúde | Terceirizados do João Machado estão sem salário há 4 meses com descaso da empresa e de Fátima (PT)
O misógino e reacionário prefeito Álvaro Dias (Republicanos), ataca a saúde precarizando as condições de trabalho e infraestrutura da saúde de Natal, responsável por um incêndio na maternidade Araken no último domingo que poderia ter custado vida das trabalhadoras e gestantes.
Incêndio na Maternidade | "Ficamos muito abalados, todo mundo ficou nervoso", trabalhador da Maternidade Municipal de Natal
Todo apoio e solidariedade à luta pelo Piso Nacional da Enfermagem, por um SUS 100% estatal sob controle dos trabalhadores!
