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Metrô de São Paulo | Imprensa repercute abaixo assinado dos Operadores de trem contra o plano antigreve de Tarcisio

Em nota divulgada no dia 04/05, o jornal Folha de São Paulo repercutiu o abaixo-assinado realizado dentre mais de 400 operadores de trem do Metrô de São Paulo, contra a política ilegal e anti-greve do governador do Estado.

sábado 6 de maio de 2023 | Edição do dia

O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, junto com o novo presidente do Metrô, Julio Castiglioni, querem treinar supervisores de outras funções para operar trens em caso de novas greves.

Além de colocar em risco a vida da população, esse plano, chamado de contingência, já causou vários acidentes. Em 2020, um metroviario ficou em coma e quase morreu, depois de ser atropelado por um trem durante a contingência.

O objetivo é claro, a greve irritou Tarcísio e o presidente e mostrou as forças da classe trabalhadora contra a precarização do trabalho. Enquanto, ataca o direito de greve, o governo e a direção da empresa se recusa a negociar a pauta da campanha salarial, não aceitando nenhuma das 5 reuniões propostas pelo Sindicato.

Porém se trata de uma medida ilegal por parte do governo do estado e da diretoria da empresa, implicando desvio de função e atacando o direito de greve. Os trabalhadores da categoria responderam com um abaixo assinado contra essa medida e já obtêm 400 assinaturas de operadores de trem.

Felipe Guarnieri, diretor do Sindicato de Metroviários, comentou: “Trata-se de um plano ilegal, pois fere o direito de greve, e coloca em risco a vida da população. Tudo em função do governo conseguir efetivar sua política de privatização e de precarização do trabalho.”

Além disso, em diversas áreas os operadores já estão se organizando para não realizar o treinamento, como meio de impedir que esse plano ilegal e irresponsável se viabilize.

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Mais uma vez, a diretoria da empresa junto com o governo do estado demonstram como não se importam com a segurança dos trabalhadores do metrô e da população.

Neste ano, como denunciamos no Esquerda Diario, o Metrô de São Paulo já teve um caso de acidente no monotrilho, fruto da negligência da empresa. A mesma empresa que acoberta a Alstom e a privatização, é quer responsabilizar os trabalhadores, com ameaças de demissão na Rede Globo.

Veja o texto do abaixo assinado na íntegra:

Nós, OTs abaixo assinados, recebemos indignados a entrevista do novo presidente do Metrô à Folha de S.Paulo informando que ampliará o plano de Contingência, colocando pessoas de outras áreas para operar trens durante nossas mobilizações. O Sindicato enviou a Pauta de Negociações em 13/03 e até agora não obteve retorno, deixando claro que a Empresa prefere o enfrentamento ao diálogo.

Além da falta de respeito com a Categoria, demonstra total negligência com a segurança operacional do Sistema e com a população, já que essas pessoas não são (e nem estarão) qualificadas o suficiente para assumir a responsabilidade que é a condução de milhares de passageiros.

Há alguns anos, um OTM3 foi atropelado durante uma Contingência por falta de prática e experiência. Em diversas ocasiões, colocaram SSEs para operar trem, resultando em INs desnecessárias. Agora, além desses desvios, o Metrô quer colocar pessoas de outras áreas e famílias, ou seja, ampliam a irresponsabilidade!

Em alguns momentos em nossas últimas mobilizações o tribunal repudiou o desvio de função! Para além disso o nosso procedimento proíbe a entrada na cabine de funcionários que não sejam do tráfego!

No lugar de gastar tempo e dinheiro com DESVIO DE FUNÇÃO, o metrô deveria focar em negociar com a Categoria, pois isso sim evitaria transtornos a nós e a toda população.

Pedimos bom senso aos colegas OTM3¹, ASM2² e ADM³. Ao aceitar esse desvio, vocês colocam em risco a própria segurança e a da população, além de se colocarem contra a mobilização que também os beneficiará em caso de vitória.

Contamos com o respaldo do Sindicato e declaramos a nossa indignação e reafirmamos nosso sentimento de recusa em dar PO a funcionários cuja única função será furar greve, principalmente funcionários de outras Famílias ou Áreas!

Dizemos não à Contingência. TOT é só para quem conquista esse direito!

1- Operador de transporte metroviário 3 - supervisor de áreas operacionais
2- Agente de segurança metroviária 2 - supervisor de segurança
3- Funcionário do setor administrativo




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