O presidente ucraniano, um forte aliado da OTAN, divulgou através de suas redes sociais, nesta segunda-feira (28/02) a solicitação formal de entrada na União Europeia (UE).
segunda-feira 28 de fevereiro de 2022 | Edição do dia
"É um momento histórico", disse Volodimir Zelensky, presidente da Ucrânia numa mensagem dirigida ao parlamento. O pedido faz parte de uma política que busca envolver mais ativamente as potências imperialistas da Europa na defesa contra a agressão militar russa. Zelensky é um porta-voz direto desses interesses, um defensor da aproximação com a OTAN, a aliança militar que reúne as principais potências imperialistas da Europa e dos Estados Unidos.
Os EUA e o resto das potências imperialistas estão usando a brutal agressão militar russa para dar mais poder à própria OTAN. Também para avançar na militarização da Europa. O caso mais evidente neste momento é o da Alemanha, que acaba de anunciar um aumento substancial no orçamento das Forças Armadas de 100 bilhões de euros. Leia mais sobre esse avanço da Alemanha aqui - “Rearmamento histórico do imperialismo alemão: 100 bilhões de euros para as forças armadas”. E também sobre os desdobramentos econômicos dessa política alemã: “Após anúncio de rearmamento alemão, valor das empresas de armas sobe 85%”.
A Presidente da UE, Ursula von der Leyen, apoiou e defendeu diretamente a entrada da Ucrânia no bloco europeu. “Eles são um de nós e nós os queremos”, disse a presidente.
We are stepping up our support for Ukraine.
For the first time, the EU will finance the purchase and delivery of weapons and equipment to a country under attack.
We are also strengthening our sanctions against the Kremlin.
https://t.co/qEBICNxYa1— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) 27 de fevereiro de 2022
Ontem (27/02), von der Leyen em entrevista à Euronews, anunciou planos para fornecer cerca de 500 milhões de euros em armas e outros tipos de ajuda aos militares ucranianos. Sobre as negociações de paz entre russos e ucranianos, Von der Leyen disse que “é importante que o lado ucraniano concorde com as negociações de paz e que as condições sejam boas para o lado ucraniano.
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