sábado 12 de dezembro de 2015 | 13:22
Cerca de 300 estudantes da Uerj saíram em ato ontem (10/12), por volta das 18 horas, exigindo o pagamento imediato e integral de suas bolsas e dos salários das terceirizadas da Universidade que estão a mais de um ano enfrentando pagamentos irregulares. O ato saiu da Rua São Francisco Xavier em direção à Avenida Radial Oeste, que foi fechada pela manifestação estudantil. Em seguida, a manifestação encaminhou-se para a Avenida 28 de setembro, que foi fechada em seus dois sentidos.
Esse foi o primeiro ato realizado desde o início da ocupação na Universidade, na penúltima terça-feira (1/12). Os estudantes defendem o imediato pagamento das bolsas (as bolsas referentes ao mês de dezembro não tem qualquer previsão) e dos salários das terceirizadas (algumas tiveram seus salários descontados por terem feito greve, além de não haver qualquer previsão do pagamento de seus 13° os). A ocupação se manterá até que todas as pendências do Estado sejam colocadas em dia. Uma nova Assembleia Geral será realizada na próxima segunda-feira, 14/12, para discutir os rumos da mobilização.
Para o ano que vem, a depender da proposta de orçamento do Governo Estadual, comandado pelo governador Pezão (PMDB), as Universidades estaduais do Rio de Janeiro sofrerão com um corte de 46% das suas verbas (além de não cumprir os 6% do orçamento do Estado destinados à Educação garantidos pela Constituição). Enquanto ataca os trabalhadores e estudantes, Pezão assume uma dívida milionária da SuperVia, mantém acordos generosos com empreiteiras, mantém intactas as verbas para as Olimpíadas, reforma o Maracanã por 1 bilhão, é acusado pela Operação Lava-Jato de receber 30 milhões de empresas em sua campanha (junto com seu parceiro, Sérgio Cabral), etc.
Nós, da Juventude às Ruas, defendemos o pagamento imediato das bolsas estudantis e dos salários das terceirizadas. E que esses trabalhadores não sejam descontados por terem exercido um direito legítimo conquistado sob a luta dos trabalhadores ao longo da história. Defendemos que a Uerj não sofra com os cortes no orçamento, que a Educação e a Saúde públicas não sejam atacadas pelos cortes do Pezão. Os trabalhadores e os estudantes não vão pagar pela crise que eles não criaram! Defendemos que a ocupação se mantenha até que todas as pendências do Estado sejam colocadas em dia e que os cortes não sejam aprovados. Ninguém fica pra trás!
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