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Vídeo-denúncia | “Está cada vez mais difícil ser professor no Brasil”

Confira vídeo de professora de MG em denúncia ao absurdo Novo Ensino Médio, mantido pelo governo Lula

quinta-feira 11 de abril | Edição do dia

A professora estadual Thaís de Paula, do movimento Nossa Classe Educação em Minas Gerais, gravou um vídeo denunciando a Reforma do Ensino Médio, no marco das políticas neoliberais do governo de frente ampla do Lula, que mantém os ataques à educação, à juventude e aos trabalhadores. A precarização do trabalho, que não só chegou às escolas como se mesclou a projetos didáticos que visam minar a formação humana e crítica dos alunos em lugar de inserir perspectivas do trabalho precarizado e da uberização, está totalmente alinhado com o avanço do neoliberalismo no país. Esse que cresce constantemente com as reformas do governo federal, por debaixo dos panos do discurso demagógico e da conciliação de classes do PT.

Confira abaixo o vídeo, podendo ser encontrado no @esquerda_diario no Instagram:

Fato é que o governo Lula não se mostrou um aliado da educação e dos educadores: não reajustou o salário dos trabalhadores administrativos das universidades e dos institutos federais, que de Natal ao Rio de Janeiro entram em greve neste mês de abril (ao mesmo tempo que o reajuste da PF é de absurdos 48%!). Também não houve por parte de Lula a revogação do Novo Ensino Médio, apenas outros ataques na perspectiva de “reformas da reforma”, ação essa que vergonhosamente a UNE, com sua direção majoritária da UJS submissa ao governo federal, comemorou. o Arcabouço Fiscal e a PL da Uberização também são ataques a essa juventude que se forma em um ensino público degradado, preparando a juventude para o projeto precarizado de educação. Só a luta dos trabalhadores e dos estudantes em aliança e tomando as ruas, as direções sindicais e estudantis por meio da auto organização, podem barrar esses ataques.

Nós do Esquerda Diário, assim como o movimento Nossa Classe Educação, também ajudamos a impulsionar o Manifesto contra a terceirização e a precarização do trabalho, uma iniciativa de intelectuais, trabalhadores e organizações voltadas a mobilizar a luta contra a terceirização do trabalho, pauta que até mesmo setores assumidos da esquerda não combatem, como o PT e o PSOL. Conheça mais sobre o manifesto!

“Está cada vez mais difícil ser professor no Brasil. O golpe de 2016, com a reforma trabalhista de Temer e o Novo Ensino Médio, aplicado por Bolsonaro, precarizou ainda mais o ensino e o trabalho nas escolas. Mas desde o primeiro governo Lula a gestão do Haddad marcou a entrada das empresas na política educacional brasileira. Nessa época o Alckmin já era governador de São Paulo e estava reprimindo os nossos atos, jogando até bomba na gente. Teve até professor que ficou cego!

A reforma trabalhista acabou dando amparo legal para o trabalho precarizado dos professores. Como é a Categoria O no estado de São Paulo ou ainda os designados, que é como é chamado em Minas Gerais. E é claro que tem vários outros exemplos pelo país.

O Arcabouço Fiscal, que é na verdade o novo Teto de Gastos, define que o funcionalismo vai ter reajuste zero; ou seja, o salário do professor vai ser o que então? De fome, né?!

Hoje, pelo Novo Ensino Médio, é o iFood que define o material didático nas escolas. E aí, quando eu estou dando aula, ao invés de ensinar biologia, eu tenho que ensinar o aluno que carregar uma bag nas costas, passando fome, é empreendedorismo.

As greves da educação estão mostrando o caminho.

Compartilhe esse vídeo! Ajude a gente a transmitir a união de todas as lutas em curso contra a precarização que o governo Lula-Alckmin está mantendo.”




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